domingo, 13 de fevereiro de 2011

Hoje postei em meu blog comentando problemas de aprendizagem e agora lendo alguns artigos pela net encontrei esse que fez jus ao que postei,é um complemento do que penso,espero que leiam.

Andréa Cristina Sória Prieto Consultora Pedagógica em Matemática na Futurekids do Brasil. Pós-Graduada em Psicopedagogia e Direito Educacional com Graduação em Pedagogia
“Problemas de aprendizagem ou de Ensinagem?”
Quem cria rótulos e problemas na escola?


Desenho-de-menino-com-duvidas-em-carteira-de-sala-de-aula
O que é um problema de aprendizagem? Vamos primeiro tentar entender o significado de cada uma dessas palavras:
Problema: surgiu no século XVII e, segundo o Dicionário Aurélio, refere-se a uma questão matemática proposta para que se dê uma solução.
Aprendizagem: de acordo com o Dicionário Aurélio, trata-se do ato ou efeito de aprender.

Aprender: tomar conhecimento de algo, retê-lo na memória em conseqüência de estudo, observação, experiência, advertência, etc.
Infelizmente o que vemos em muitas escolas é o “problema de aprendizagem” sendo visto como um distúrbio, um fenômeno de causa única. O aluno que apresenta um ritmo mais lento para aprender ou que aprende de forma diferente dos demais é logo colocado em um “vidrinho de conserva” e “rotulado”, e assim permanece como se tivesse uma patologia.

Para Vigotsky, na visão sócio-interacionista, os alunos deveriam ser encorajados a adquirir conceitos científicos através das atividades propostas pela escola e assim modificar sua relação cognitiva, ou seja, aprender. Esses alunos que apresentam ritmos diferentes e comportamentos tidos como problemas no aprendizado escolar, fazem parte do grupo da escola e não deveriam ser estigmatizados e muito menos isolados.
Trata-se de olhar para esse aluno muito mais para identificar as suas capacidades potenciais, do que classificá-lo dentro de algum distúrbio ou doença. O papel do educador é o de fazer intervenções a fim de possibilitar que esse educando aprenda.
Cabe ao educador olhar o processo educativo como um todo em oposição à rotulação do aluno, dar aos pais incentivo e passar a confiança aos mesmos de que a escola desenvolve um bom trabalho com seus filhos, afinal é papel da escola lidar com a formação do conhecimento.
Para finalizar, entendo que cabe à escola, e em especial ao professor, ampliar a visão sobre “problemas de aprendizagem”, aprimorando sua competência e atuação. Como diz Alícia Fernández, psicopedagoga argentina, “o problema não é de aprendizagem, mas sim de ensinagem”. É o professor quem deve buscar meios e alternativas criativas para que seu aluno aprenda.

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