domingo, 29 de agosto de 2010

Meu começo


Esse espaço quero que seja um lugar onde posso falar de amor,falar de experiência de vida,mas sem contar histórias como "...era uma vez,há muito tempo atrás,etc...".O que quero é falar com poesias,textos,crônicas ,frases,músicas e além disso poder trocar experiências profissionais com colegas de profissão,espero poder compartilhar momentos especiais.
Esse blog ofereço ao Amauri,meu amor,que me dá muita força e que amo demais.
Um beijo

O amor vai
Até onde os sonhos conseguem chegar
O amor faz
Tudo aquilo que alguém decide acreditar!




Pedido de uma criança a seus pais

Não tenham medo de serem firmes comigo.
Prefiro assim.
Isto faz com que eu me sinta mais seguro
Não deixem que eu adquira maus hábitos
Dependo de vocês para saber
o que é certo ou errado.
Não me corrijam com raiva,  
 nem na presença de estranhos.
Aprenderei muito mais se me falarem
com calma e em particular.
Não me protejam das consequências
dos meus erros.
Ás vezes.eu preciso aprender pelo
caminho áspero.
Não levem a sério as minhas
pequenas dores.
necessito delas para poder
amadurecer
Não me estraguem.
Sei que não devo
ter tudo o que peço.
Só estou esperimentando vocês.
Não sejam irritantes ao me corrigirem.
Se assim o fizerem, eu poderei fazer o
contrário do que me pedem.
Não me façam promessas que não
poderão cumprir depois
Lembrem- se que isto me deixa
profundamente desapontado
Não me apresentam um Deus
carrancudo e vingativo
Isso me afastaria dEle
Não desconversem quando faço
perguntas, senão serei
levado a procurar respostas na rua
todas ás vezes que não as tiver em casa
Não me mostram para mim como
pessoas infalíveis.
Ficarei extremamente chocado quando
descobrir um erro em vocês.
Não digam simplesmente que meus
receios e medos são bobos
Ajudem -me acompreendê-los e
vencê- los
Não digam que não conseguem
me controlar.
Eu me julgarei mais forte que vocês.
Não me falem como uma pessoa sem
personalidade
não vivam me apontando os defeitos
das pessoas que me cercam.
Isso irá criar em mim, mais cedo ou
mais tarde, o espírito de intolerância.
Não se esqueçam que eu gosto de
experimentar as coisas
por mim mesmo. Não queiram ensinar
tudo para mim.
Não tenham vergonha de dizer
que me amam
Eu necessito desse carinho e amor
para transmiti - lo
a vocês e aos outros.
Não desistam nunca de me ensinarem
o bem, mesmo quando
eu parecer não estar aprendendo
Insistam através do exemplo e, no
futuro, vocês verão
em mim, o fruto daquilo que
plantaram.

Autor desconhecido

Os 7 pecados dos educadores

O ilustre escritor brasileiro Augusto Cury enumera em seu livro intitulado Pais brilhantes, professores fascinantes, o que ele considera os sete pecados capitais dos educadores.

O primeiro deles é corrigir o educando publicamente. Um educador jamais deveria expor o defeito de uma pessoa, por pior que ele seja, diante dos outros. Um educador deve valorizar mais a pessoa que erra do que o erro da pessoa.

O segundo é expressar autoridade com agressividade. Os educadores que impõem sua autoridade são aqueles que têm receio das suas próprias fragilidades. Para que se tenha êxito na educação, é preciso considerar que o diálogo é uma ferramenta educacional insubstituível.

O terceiro é ser excessivamente crítico: obstruir a infância da criança. Os fracos condenam, os fortes compreendem, os fracos julgam, os fortes perdoam. Os fracos impõem suas idéias à força, os fortes as expõem com afeto e segurança.

O quarto é punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações. A maturidade de uma pessoa é revelada pela forma inteligente com que ela corrige alguém. Jamais coloque limites sem dar explicações. Para educar, use primeiro o silêncio e depois as idéias. Elogie o educando antes de corrigi-lo ou criticá-lo. Diga o quanto ele é importante, antes de apontar-lhe o defeito. Ele acolherá melhor suas observações e o amará para sempre.

Quinto: ser impaciente e desistir de educar. É preciso compreender que por trás de cada educando arredio, de cada jovem agressivo, há uma criança que precisa de afeto. Todos queremos educar jovens dóceis, mas são os que nos frustram que testam nossa qualidade de educadores. São os filhos complicados que testam a grandeza do nosso amor.

O sexto, é não cumprir com a palavra. As relações sociais são um contrato assinado no palco da vida. Não o quebre. Não dissimule suas reações. Seja honesto com os educandos. Cumpra o que prometer. A confiança é um edifício difícil de ser construído, fácil de ser demolido e muito difícil de ser reconstruído.

Sétimo: destruir a esperança e os sonhos. A maior falha que os educadores podem cometer é destruir a esperança e os sonhos dos jovens. Sem esperança não há estradas, sem sonhos não há motivação para caminhar. O mundo pode desabar sobre uma pessoa, ela pode ter perdido tudo na vida, mas, se tem esperança e sonhos, ela tem brilho nos olhos e alegria na alma.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Ler devia ser proibido

Realmente quando lemos deixamos de ser convencionais e de viver a mercê de pessoas que tentam ter lampejos de inteligência.
Um beijo



Aqui vai o texto na íntegra e após o texto,o video,espero que gostem.


A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.


Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebida. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova... Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos... A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.






Ler pode tornar o homem perigosamente humano.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010


Ser Professor (a)

É buscar dentro de cada um de nós
forças para prosseguir, mesmo com toda pressão,
toda tensão, toda falta de tempo...
Esse é nosso exercício diário!
Ser professor (a) é se alimentar do conhecimento
e fazer de si mesmo (a) janela aberta para o outro.
Ser professor (a) é formar gerações, propiciar o
questionamento e abrir as portas do saber.
Ser professor (a) é lutar pela transformação...
É formar e transformar,
através das letras, das artes, dos números...
Ser professor (a) é conhecer os limites do outro.
E, ainda assim, acreditar que ele seja capaz...
Ser professor (a) é também reconhecer que
todos os dias são feitos para aprender...
Sempre um pouco mais...

Ser professor (a)
É saber que o sonho é possível...
É sonhar com a sociedade melhor...
Inclusiva...
Onde todos possam ter acesso ao saber...
Ser professor (a) é também reconhecer que somos,
acima de tudo, seres humanos, e que temos licença para rir, chorar,
esbravejar.
Porque assim também ajudamos a pensar e construir o mundo.
Todos os dias do ano são seus, professor(a)!

Fonte: Jornal AconteeCendo, nº. 22, Setembro de 2001

Independência do Brasil

segunda-feira, 23 de agosto de 2010


Alfabetizando Vidas

Um ser que se doa a todos

E acredita em magia 

Pequeno em seu tamanho

Mas grande em sabedoria

Outrora idolatrado

Outras visto como guia
 

Alguns usam uma linguagem

Da mais profunda clareza

Outros de difícil compreensão

Mas não de menor beleza

Alfabetizando vidas e sonhos

E o fazendo com destreza

Basear-se em suas orientações

É como um livro seguir

Livro que já foi livro

E o que ainda está por vir

Extraído de outros livros

Para muitos sonhos nutrir

Essas pobres rimas são

Para quem já aconselhou

Ajudando a quem precisa

Muitas vidas já mudou

Tecendo o saber e ajudando

Ele a muitos alegrou

Enquanto media o saber

Também está aprendendo

Construindo e reconstruindo teses

Com o outro vai crescendo

Alegrando-se com a vitória do educando

Ou com a derrota se entristecendo

Falo de alguém importante

Para alguns sem grande valor

Muito embora consciente

Que seja você quem for

Jamais será alguém na vida

Se não tiver um bom professor

(Ana Lúcia)
Essa poesia é de uma amiga,professora,que mora muito longe de mim,mas que a amo e tenho o maior respeito por tudo que ela escreve,é uma poetisa maravilhosa.


Escola é ...

O lugar que se faz amigos.
Não se trata só de prédios, salas, quadros,
Programas, horários, conceitos...
Escola é sobretudo, gente
Gente que trabalha, que estuda
Que alegra, se conhece, se estima.
O Diretor é gente,
O coordenador é gente,
O professor é gente,
O aluno é gente,
Cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
Na medida em que cada um se comporte
Como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente por todos os lados”
Nada de conviver com as pessoas e depois,
Descobrir que não tem amizade a ninguém.
Nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
É também criar laços de amizade,
É criar ambiente de camaradagem,
É conviver, é se “amarrar nela”!
Ora é lógico...
Numa escola assim vai ser fácil!
Estudar, trabalhar, crescer,
Fazer amigos, educar-se, ser feliz.
É por aqui que podemos começar a melhorar o mundo.

(Paulo Freire)

domingo, 22 de agosto de 2010

Noites de um verão qualquer

Um video que além de artístico muito "escolar"...rss


Dificuldade de Aprendizagem

Algumas ideias muito básicas sobre as dificuldades de aprendizagem
As dificuldades de aprendizagem afectam a forma como a pessoa processa, recorda e expressa a informação e constituem a mais numerosa categoria das necessidades educativas especiais.
As pessoas com dificuldades de aprendizagem são inteligentes e aprendem, apesar das dificuldades que apresentam no processamento da informação.
As dificuldades de aprendizagem não podem ser confundidas, nem com a deficiência, nem com as dificuldades escolares temporárias.
As dificuldades de aprendizagem têm um carácter permanente e afectam as relações interpessoais, o rendimento escolar, o rendimento profissional, a auto-estima e a vida diária.
As pessoas com dificuldades de aprendizagem podem ser bem sucedidas, quando devidamente apoiadas.


As dificuldades de aprendizagem decorrentes de aspectos secundários são decorrentes de alterações estruturais, mentais, emocionais ou neurológicas, que repercutem nos processos de aquisição, construção e desenvolvimento das funções cognitivas.
As dificuldades de aprendizagem mais comuns são: Dislexia, Disortografia e Discalculia.
DISLEXIA

A dislexia é mais frequentemente caracterizada pela dificuldade na aprendizagem da decodificação das palavras, na leitura precisa e fluente e na fala. Pessoas disléxicas apresentam dificuldades na associação do som à letra (o princípio do alfabeto), também costumam trocar letras, p. ex. b com d, ou mesmo escrevê-las na ordem inversa, p.ex "ovóv" para vovó.



DISORTOGRAFIA

Disortografia é a dificuldade do aprendizado e do desenvolvimento da habilidade da linguagem escrita expressiva. Esta dificuldade pode ocorrer associada ou não a dificuldade de leitura, isto é, a dislexia. Considera-se que 90% das disortografias têm como causa um atraso de linguagem, estas são consideradas disortografias verdadeiras. Os 10% restantes têm como causa uma disfunção neuro-fisiológica.
Características das Disortografias:
 Troca de grafemas: Geralmente as trocas de grafemas que representam fonemas homorgânicos acontecem por problemas de discriminação auditiva. Quando a criança troca fonemas na fala, a tendência é que ela escreva apresentando as mesmas trocas, mesmo que os fonemas não sejam auditivamente semelhantes.
. Falta de vontade de escrever.
.Dificuldade em perceber as sinalizações gráficas (parágrafos, travessão, pontuação e acentuação).
. Dificuldade no uso de coordenação/subordinação das orações.
. Textos muito reduzidos.
. Aglutinação ou separação indevida das palavras.


DISCALCULIA

Discalculia é definido como uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa de compreender e manipular números. A discalculia pode ser causada por um déficit de percepção visual. O termo discalculia é usado frequentemente ao consultar especificamente à inabilidade de executar operações matemáticas ou aritméticas, mas é definido por alguns profissionais educacionais como uma inabilidade mais fundamental para conceitualizar números como um conceito abstrato de quantidades comparativas.

Fonte: http://paideia-idalinajorge.blogspot.com 
 http://enecibio.blogspot.com

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Folclore

O QUE É O FOLCLORE BRASILEIRO?


Os hábitos do povo, que foram conservados através do tempo.
Dia do Folclore 22 de agosto - Decreto no. 56747 de 17/08/1965. Folclore é uma palavra de origem inglesa cujo significado é ''conhecimento popular''.As manifestações da cultura de um povo, seja através de suas lendas da sua alimentação, do seu artesanato, das suas vestimentas e de muitos de seus hábitos originais e os enriqueceram com novos hábitos criados após a reunião.O folclore é passado de pais para filhos, geração após geração. As canções de ninar, as cantigas de roda, as brincadeiras e jogos e também os mitos e lendas que aprendemos quando criança é parte do folclore que nos ensinam em casa ou na escola. Fazem parte do folclore os utensílios que o povo fabrica para o uso de ornamentação, como as cestas de vime, e os objetos de cerâmica, madeira e couro. Os tecidos, a renda, os adornos de miçangas e penas, também existem ainda muitas outras atividades que fazem parte do folclore. O folclore é o meio que o povo tem para compreender o mundo. Utilizando a sua imaginação, o povo procura resolver os mistérios da natureza e entender as dificuldades da vida e seus próprios temores. Conhecendo o folclore de um país podemos compreender o seu povo. E assim passamos, a saber, ao mesmo tempo, parte de sua História. O folclore brasileiro é um dos mais ricos do mundo. Nele, estão as marcas dos diferentes povos que formaram nossa nação, principalmente o indígena, o africano e o europeu. Imagine uma colcha de retalhos multicolorida com uma mistura de figuras geométricas, estampas e texturas. Assim é nossa herança cultural. Saci-pererê, feijoada, redes de dormir, chinelo de palha, fita do Nosso Senhor do Bonfim, brincadeira de esconde-esconde, bumba-meu-boi, samba, panelas de barro, ferradura atrás da porta, carnaval e futebol. Conhecer, cultivar e estudar nossas tradições é uma forma de manter vivas as raízes nacionais. Veja aqui o que é folclore e conheça as principais tradições do nosso povo. Popular ou folclórico? O folclore é popular, mas segundo grandes estudiosos do assunto – como Luís da Câmara Cascudo –, nem tudo o que é popular é folclórico. Para um costume ser considerado folclore é preciso ter origem anônima, ou seja, não se saber ao certo quem o criou. Deve ser aceito e praticado por um grande número de indivíduos. Também precisa resistir ao tempo e ser passado de geração em geração.
A transmissão? De boca em boca. Ao pé do fogo, na beira do fogão, nos encontros sociais, na missa, enfim, no dia-a-dia do nosso país.  

ORIGEM DO FOLCLORE BRASILEIRO?

A palavra folclore vem do inglês folk lore. Folk quer dizer povo e lore, estudo, conhecimento. Portanto, folclore é o estudo dos costumes e tradições de um povo. Esse termo foi criado pelo arqueólogo inglês William John Thoms (1803-1885), pesquisador da cultura popular européia. Em 22 de agosto de 1846, ele publicou um artigo com o título "Folk-lore", na revista The Athenaeum, propondo a criação do termo. Com isso, o dia 22 de agosto tornou-se data de referência do surgimento do termo folclore, que gradativamente foi incorporada a todas as línguas dos povos considerados civilizados.William John Thoms utilizava o termo folk-lore para indicar o conjunto de antiguidades populares. O conceito dirigia-se principalmente aos objetos da arte popular, o artesanato. Mas em seu famoso artigo, Thoms citava também usos, costumes, cerimônias, crenças, romances, refrãos e superstições dos tempos antigos.
 
 
LENDAS E MITOS
O folclore brasileiro é rico em personagens mágicos. Esses seres que habitam o mundo dos mitos e lendas geralmente estão associados à natureza. Algumas dessas histórias chegaram aqui com os povos que colonizaram nossas terras, como os portugueses. Outras nasceram com os índios, súditos por excelência da mãe natureza. Há aquelas que são contadas há décadas e mais décadas sem que ninguém saiba ao certo como surgiram. Surgiram da necessidade que os povos tinham de explicar e justificar fatos e acontecimentos. Com características fantasiosas, impressionantes e surpreendentes, as lendas e os mitos foram o ponto de partida para os conhecimentos científicos. Conhecê-las é viajar pelo reino do folclore com o passaporte carimbado pela embaixada do sonho e da imaginação.
  Personagens folclóricos


SACI
O divertido menino e de uma perna só está sempre em busca de traquinagens, enquanto anda com seu cachimbo e seu gorro vermelho. Quando algo aparece sem motivo pode ser uma traquinagem do menino. Para acabar com a bagunça é preciso esconder o gorro vermelho ou dar um nó num montinho de palha, isso deixa o menino com vontade de fazer xixi e ele acaba devolvendo as coisas.
IARA

Rainha das águas, ela é uma entidade metade mulher, metade peixe. Dona de uma voz hipnotizante, atrai os homens com seu canto e os leva para o fundo dos rios e mares, de onde eles nunca mais voltam.

BOTO
Segundo a lenda, o boto é um homem bonito e charmoso, que conquista as moças à primeira vista. Encantadas, elas se apaixonam e vivem esse amor de apenas um dia, já que, antes do nascer do slo, ele se transforma novamente em boto e some no rio Amazonas.


A BRUXA
A bruxa é uma velha horrorosa, alta, nariguda com cabelos despenteados. Gosta de fazer poções mágicas e encantamentos que fervem em seu grande caldeirão. É misteriosa e anda pela noite montada em sua vassoura, amedontrando criancinhas que não querem dormir. Também é conhecida como cuca.



BOITATÁ
É uma cobra de fogo com olhos luminosos que aparece à noite nos pastos e assusta a todos. Dizem que ela sobreviveu a um dilúvio escondida embaixo da terra e, por isso, não aguenta ficar exposta à luz do sol.


MÚSICAS
Todas as culturas criaram formas musicais para acompanhar seus trabalhos, ritos e festas. Os folcloristas acreditam que tais canções sejam fruto de criações individuais, mesmo que depois apresentem alterações introduzidas por seus usuários. A música folclórica é geralmente monofônica (executada por uma só voz), embora em algumas partes do mundo sejam comuns as canções para duas ou mais vozes. Cumpre distinguir essa música folclórica da que se denomina popular ou ligeira, composta por profissionais para enormes platéias, e que é um fenômeno que data somente do século XIX. Existe um grande número de cantigas e elas encantam jovens e idosos geração após geração.
ATIREI O PAU NO GATO
Atirei o pau no gato-to

Mas o gato-to não morreu-reu-reu

Dona Chica-ca admirou-se-se

Do berro, do berro que o gato deu:

Miau!



A CANOA VIROU

A canoa virou,

Por deixá-la virar,

Foi por causa do(a) (nome de pessoa)
Que não soube remar.
Se eu fosse um peixinho
E soubesse nadar,
Tirava o(a) (nome da pessoa)
Do fundo do mar.
Como brincar: As crianças giram na roda cantando a primeira quadra, na qual é mencionado o nome de uma delas. Esta, deixando as mãos das colegas, faz meia volta, dá-lhes as mãos e, de costas para o centro da roda, continua a caminhar. Novamente é cantada a primeira quadra, sendo escolhida a criança que estiver à esquerda daquela que virou. Quando todas estiverem de costas para o centro da roda, passa a ser cantada a quadra seguinte e, uma a uma, as crianças voltam à posição inicial.


CAI, CAI, BALÃO

Cai, cai, balão!
Cai, cai, balão!

Na rua do sabão.
Não cai, não!

Não cai, não!
Não cai, não!
Cai aqui na minha mão!

O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada;
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada.
O cravo ficou doente,
A rosa foi visitar;
O cravo teve um desmaio,
A rosa pôs-se a chorar.
O CRAVO BRIGOU COM A ROSA

FESTAS

As festas populares estão ligadas à religião e ao trabalho do povo. A cultura brasileira recebeu a contribuição de diversos povos, o que levou nossas festas populares a terem identidade própria, pois resultaram da mistura de diferentes histórias e costumes.Em junho, o Brasil ganha arraiais coloridos. Escolas, ruas, praças e clubes são decorados com bandeirinhas, barracas e fogueiras para as festas dedicadas a São João, Santo Antônio e São Pedro. É hora de dançar quadrilha, participar de jogos e brincadeiras. Muitas são as delícias para saborear: pipoca, pinhão, pé-de-moleque, canjica e paçoca de amendoim. Os mais corajosos enfrentam o pau-de-sebo, um tronco alto e escorregadio, difícil de subir. Quem quer namorar faz simpatias e pedidos para Santo Antônio, o santo casamenteiro.A Folia de Reis é uma das várias comemorações de caráter religioso que se repetem há séculos em nosso país. Ela é realizada entre a época do Natal e o Dia de Reis, em 6 d e janeiro. Grupos de cantadores e músicos percorrem as ruas de pequenas cidades como Parati, no Rio de Janeiro, e Sabará, em Minas Gerais, entoando cânticos bíblicos que relembram a viagem dos três Reis Magos que foram a Belém dar boas-vindas ao Menino Jesus.De origem portuguesa e com características diferenciadas em cada região do Brasil, a Festa do Divino é composta de missas, novenas, procissões e shows com fogos de artifícios. Em cidades do Maranhão, bonecos gigantes divertem as crianças, enquanto grupos de cantadores visitam as casas dos fiéis recolhendo ofertas e donativos para a grande festa de Pentecostes. Em Piracicaba, interior de São Paulo, as comemorações ocorrem em julho, às margens do Rio Piracicaba, reunindo milhares de pessoas.Em Belém do Pará acontece anualmente em outubro uma grande festa religiosa que chega a reunir cerca de 1 milhão de pessoas: o Círio de Nazaré. A multidão lota as ruas da cidade para acompanhar a procissão, que dura até cinco horas, em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. Os romeiros que vão pagar promessas pela cura de doenças, por exemplo, andam descalços e seguram a corda de isolamento que protege a santa. No final, os participantes vestem roupas novas e se alimentam dos pratos típicos da região, como o pato no tucupi, o tacacá e o arroz com pequi.Conheça agora algumas das nossas festas populares:
MARACATU
O maracatu nasceu entre os negros de Recife, da mistura do culto católico à Nossa Senhora com a devoção aos orixás das religiões africanas.
Atualmente, muitas das características sagradas e religiosas do folguedo desapareceram, e o maracatu é representado principalmente durante o carnaval.
A rainha Ginga tem nas mãos uma ou duas bonecas, chamadas calungas, que detêm os segredos e mistérios da festa. No carnaval, o maracatu desfila com a rainha e as damas de honra, que são acompanhadas pelo rei, chamado Dom Henrique, por seus cavaleiros e pelo rei Tupi.
CARNAVAL O carnaval é a maior festa popular do Brasil. Adultos e crianças caem na folia, com fantasias e máscaras, nos dias dedicados à diversão e às brincadeiras. O feriado oficial é na terça-feira que antecede a Quarta-Feira de Cinzas.
Em Portugal, ele foi chamado de “entrudo”, pois ocorria antes da entrada na Quaresma.
Personagens característicos e tradicionais do carnaval:
MOMO Segundo a mitologia greco-romana, Momo era o filho do sono e da noite e sua função era cuidar das ações dos deuses e dos homens.De acordo com a história da Arte, era o ator que representava nas peças populares do teatro. Originou-se dos bobos encarregados de divertir os senhores portugueses com mímicas e farsas populares.
ARLEQUIM Personagem da antiga comédia italiana, que tinha a função de divertir o público com piadas nos intervalos das apresentações. Amante de Colombina
COLOMBINA Companheira de Pierrô. Namoradeira, alegre, bela, esperta. Vestia-se de seda ou cetim branco e usava saia curta e bonezinho.
PIERRÔ Usava calça e casaco bem largos, este de grande gola franzida e enfeitado com pompons. Pierrô é o personagem ingênuo e sentimental do carnaval.

FESTAS JUNINAS
As festas juninas são comemoradas no mês de junho e são feitas em homenagem a três santos da Igreja Católica:
Santo Antônio — 13 de junho São João — 24 de junho São Pedro — 29 de junho
Parece que a tradição de fazer grandes festas no mês de junho existe desde a época em que nossos antepassados deixaram de viver apenas como caçadores e passaram a se dedicar à agricultura.
Na Europa, depois de um inverno sempre longo, os primeiros sinais do verão e da volta do calor aparecem no mês de junho e, nessa época, começaram a ser feitas enormes festas, com grandes fogueiras, muita comida, bebida, cantos e danças, para agradecer aos céus pela chegada do verão e para pedir uma boa colheita.
Com o tempo, essas festas começaram a ter padroeiros e, finalmente, incorporaram os santos da Igreja Católica. A tradição de homenagear os santos católicos em grandes festas foi trazida ao Brasil pelos portugueses e, depois, por outros imigrantes, principalmente os italianos.

Santo Antônio - 13 de junhoSanto Antônio, que se chamava Fernando de Bulhões antes de se tornar membro da Ordem de São Francisco, nasceu em Lisboa, em 15 de agosto de 1195, e morreu perto da cidade italiana de Pádua em 13 de junho de 1231.
No Brasil, é um dos santos mais populares e considerado o “santo casamenteiro”, além de ser o padroeiro de quase 230 cidades.

São João - 24 de junho São João Batista recebeu esse nome porque batizava as pessoas no Rio Jordão, poucos anos antes do ano zero da Era Cristã. Foi ele que, segundo a tradição católica relatada na Bíblia, batizou Jesus, cuja chegada ele profetizava com paixão. No ano de 28, a sua cabeça foi cortada e servida numa bandeja a Salomé, que havia pedido isso ao ditador Herodes.
Existe uma tradição popular que diz que São João passa o dia inteiro de sua — festa 24 de junho — dormindo e, se acordasse, não resistiria ao clarão das fogueiras e desceria do céu para festejar também, o que provocaria a destruição do mundo pelo fogo.

São Pedro - 29 de junho São Pedro foi o apóstolo a quem Jesus entregou as chaves do reino dos céus e o escolhido para construir a Igreja Cristã. Seu nome era Simão e ele recebeu de Jesus o nome Pedro, que significa "rocha". Embora não se saiba com certeza, é provável que ele tenha morrido crucificado em Roma, na época do imperador Nero, por volta do ano 64.
Em 1950, o túmulo de São Pedro foi encontrado embaixo da enorme basílica que leva seu nome, no Vaticano.

MAIS FESTAS POPULARES:
Lavagem do BonfimFandango
Torém
Cavalhada
Pau-da-Bandeira
Congada
Círio de Nazaré
Festa do Divino
Candomblé
Capoeira


COMIDAS
Entre as comidas que podemos considerar típicas de qualquer região do Brasil estão bolo de fubá e bolo de batata-doce, mas a verdade é que toda e qualquer comida típica de determinada região pode ser considerada comida típica do folclore.
Comidas do folclore – Norte
Pato ao tucupi
Sopa de turú
Farofa de turú
Moqueca de pirarucu
Bicho de côco assado
Peixe assado
Bejú
Tartaruga com mandioca
Sopa de tartaruga

Comidas do folclore - Nordeste

Caruru
Sarapatéu
Moqueca de surubim
Vatapá
Acarajé
Manguzá ou mungunzá
Farinha com caldo de rapadura
Bobó de camarão
Paçoca
Baião de dois
Carne de sol

Comidas do folclore - Centro oeste

Galinhada
Arroz com piqui (ou pequi)
Canjiquinha com queijo
Pintado na braza
Farofa de jacaré
Porco de lata com mandioca
Peixe assado
Passarinhada
Tereré.
Comidas do folclore - Sudeste

Leitão à pururuca
Virado à paulista
Tutu de feijão
Canjica
Feijoada
Paçoca de amendoim
Feijão tropeiro
Arroz de carreteiro
Curau
Pamonha (salgada e doce)
Frango cheio
Feijão gordo
Pipoca

Comidas do folclore - Sul

Culhão de touro cozido
Pinhão assado
Carneiro no buraco
Porco no rolete
Boi no rolete
Costela de ripa
Barreado
Churrasco
Marreco com laranja
Marreco com maçã
Joelho de porco cozido
Torta de maçã
Charque com inhame
Bolo de pinhão
Chimarrão.


Fonte: Folclore Brasileiro = http://o2o2.vilabol.uol.com.br/
O que é o folclore, Origem do folclore, Festas folclóricas, Músicas folclóricas, Lendas, Mitos, Festas populares, Folclore Brasileiro, Folclore, Tradições folcloricas.

Fonte: http://baguncafeliz.blogspot.com

http://elizinharocha.blogspot.com